terça-feira, 16 de junho de 2009

As X milhas do Guadiana - 2004

corria o ano de 2004.

o senhor presidente e o seguidor e admirador antónio bento decidiram participar numa corrida tentadora - as X milhas do guadiana. num sábado à noite, do mês de novembro, com portugal inteiro a tentar esquecer o 2º lugar no euro 2004, rumam a vila real de santo antónio para levantar os dorsais.


a organização da prova, suprema, disponibiliza os ditos artefactos perto das 23h. a antecipação da hora de entrega dos dorsais, das 2 h da manhã para as 23h deveu-se à insistência presidencial de que os altetas devem decansar o mínimo de 7 horas seguidas antes de uma prova tão conceituada.

por entre gritos e pequenos insultos, que esbarraram com estrondo nas largas costas presidenciais, regressam para o merecido descanso.


em ayamonte, local da partida, chegam pelas 11h portuguesas, 12 h espanholas.

o calor era muito, o sol a pique quase não permitia ao senhor presidente acenar à multidão de fãs, entre as quais numerosas sevilhanas, loucas, loucas, pelo "alemão" de vila franca. após o aquecimento, alinharam lado a lado com alberto chaiça, o grande campeão português d amaratona. chaiça vacila e tremem-lhe as pernas quando se apercebe de quem está a seu lado. finge não ver o presidente. pequenas lágrimas resvalam-lhe pelos ombros.


a partida é dada. o calor aumenta. o senhor presidente, previdente como sempre, coloca-se ligeiramente atrás de bento. tem receio de que este baqueie durante o trajecto. após a íngreme subida de ayamonte, seguida da descida a pique para a ponte sobre o guadiana, o snhor presidente começa a sentir a boca seca.


nos abstecimentos não ingere água suficiente. numa lição de liderança altruísta vai deixando que os companheiros de pelotão abasteçam. sente que as pernas começam a pesar.

pelos 12 km, e para não fazer bento passar pela vergonha suprema de ser exposto em público perante o presidente, deixa-se ficar ligeiramente para trás. bento é injuriado por um dos seus primos algarvios que o acusa de ir tão devagar que perde par ao velhote de beja e para a enfermeira de tavira ...


o senhor presidente, por respeito, deixa-se seguir mais recatado.

o calor fez das suas e quando entram no estádio de vila real de santo antónio, bento corta a meta pela primeira e última vez na sua carreira, um pouco antes do senhor presidente.


este chega segundos mais tarde, ovacionado por uma multidão em êxtase, admirando o esforço presidencial perante condições tão adversas.


foi mais uma lição da lidernça partilhada e da humildade deste grande embaixador da freguesia de olhalvo, filho da terra, que emigrou para vila franca de xira.

Aquele Abraço ...

Querido Amigo António Luis, sempre ouvi dizer que existem quatro coisas na vida que não se recuperam :
- a pedra, depois de atirada;
- a palavra, depois de proferida;
- a ocasião, depois de perdida;
- e o tempo, depois de passado.

Estes teus 50 anos certamente não os recuperarás no tempo, mas a humildade que demonstras em quereres continuar a aprender com os que te rodeiam e a partilhares, com a tua sobriedade, o que a vida te tem ensinado, tornam-te um exemplo a seguir. Obrigado por te teres cruzado no meu caminho, e por me permitires fazer parte do teu. É sempre um prazer estar contigo ...

Aquele Abraço.

Saúde.

Nuno Freitas

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Origens e biografia comentada

1959
Em 06.07.1959, e quando o relógio marcava 11:45 horas, nascia no Hospital de Vila Franca de Xira este espécime.

Reza a história que o primeiro choro foi pronunciado após vários açoites dados pela enfermeira de forma a saber se o rapaz estaria vivo.

1969
com 10 anos de idade e como culminar de uma década de descoberta, 3 acontecimentos marcaram a vida do futuro presidente dos penduras:

- descobre os toiros e o colete encarnado, bem como a praça de toiros palha blanco




- o homem colocou os pés na lua, mostrando ao futuro visionário que não há limites ...


- nasce em lisboa, antónio bento, um pequeno coelho, perdão, um rapaz com 2,450kg, futuro admirador e seguidor do senhor presidente (mas à distância pois o passo presidencial é bastante rápido)
1975
na outra margem do rio e a 2 anos da maioridade, um acontecimento viria a marcar a vida do senhor presidente: nasce Carlos Manuel quaresma da trindade, na régia terra do montijo, onde nem todos encontram o que queriam ... rijo

por esta altura as moças de vila franca de xira enchiam os bailaricos em busca do alemão. teixeira sorria, enigmático, sabendo que o destino o premiaria. as futuas sogras olhavam-no de lado, como se olha um adónis - desconfiavam de tamanha beleza germânica.

1979
com 20 anos o senhor presidente, homem vistoso na paróquia de vila franca (a pontos de perturbar as missas do senhor pároco, tal era a agitação entre as meninas do coro) pisca o olho a uma esbelta moça.
teve azar, pois entrou-lhe um grão de areia no olho.
envergonhado virou a cara para não mostrar as lágrimas do olho irritado. a moça, olhos negros, porte altivo e auto-confiante, riu-se para dentro e percebeu que estava perante o seu romeu.
à primeira vista não se enganou e sabia-o. ofereceu-lhe docemente um lenço, que o futuro senhor presidente, ligeiramente corado nas faces presidenciais, aceitou.
soube de imediato que estava perante a futura 1ª dama.
inicia a dupla relação que marcaria a sua vida: a paixão pelo futebol, e a caminhada ombro no ombro com a moça esbelta, que lhe deixou cativas a aorta, os ventrículos e as aurículas.
e os pulmões claro está, pois o senhor presidente perante a sua 1ª dama, ainda hoje gagueja de admiração e paixão.

1989
o senhor presidente começa a duvidar de que seja efectivamente sportinguista. numa fase da vida em que se inicia a maturidade (no caso presidencial já há muito descoberta) surgem as dúvidas existenciais. a 2ª circular alberga outro clube da cor do sangue que lhe corre nas veias. o senhor presidente vacila e só por amor à sua 1ª dama persiste nessa loucura de contrariar o destino clubístico. não há presidentes perfeitos. este, sendo mais humano entre os humanos, ainda assim não é zeus. mas há-de lá chegar, ai "há-des há-des".

1999
com 6 meses de experiência prévia, o senhor presidente inicia um brilhante percurso presidencial no IIES, mais tarde IIESS, depois II e antes de tudo ONI.

aqui, e numa caminhada ladeada por admiradores, descobriria veias e facetas adormecidas, como:
- a corrida sob a orientação de mestre pascoal - o tarzan do 1º de maio em lisboa

- a culinária, coadjuvado por outro teixeira, fiel companheiro de tachos, panelas e molhos.
2000
passada a mítica barreira do milénio, o senhor presidente, eclético, consolida a sua pujança de incontornável modelo de chefe de família, irrepreensível profissional, conceituado árbitro, atleta em embrião, "chakal" das cozinhas vilafranquences.
2009
meio século de seriedade, honestidade e respeito pelo próximo.
dignos de admiração neste tempo e espaço a quem faltam presidentes (à pendura, ou menos pendurados, tanto faz)
ao nosso mui querido e admirado presidente
à sua espantosa família presidencial
votos de longos e bons anos
cheios de saúde, corridas, cozinhas de pantanas e sobretudo, cheios de felicidade

parabéns a você e cuidado com as surpresas que saem dos bolos!!!